segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Estudos sobre a Dieta da Carne

Embora tenha surgido em 1973, só agora o método de Atkins foi submetido à avaliação científica e os resultados publicados na revista britânica New England Journal of Medicine. Por isso, todo esse disse-que-disse. Ficou provado que a dieta emagrece mesmo, e bastante, a curto prazo: 5 quilos em 15 dias. Por conta da perda de peso, ela também reduz os triglicérides, mas parece que esse benefício só acontece com os obesos. “O que de fato ajuda a baixar as gorduras no sangue é o emagrecimento, não o tipo de cardápio”, diz Valéria Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

Por outro lado, os cientistas descobriram que, na hora de manter o peso perdido, a dieta é um fracasso. E sabe por quê? Ninguém suporta comer bacon, maionese, creme de leite, carnes gordas, queijos amarelos e nada de massa para sempre. Quando se volta à alimentação normal, voltam os quilos extras.

Essa constatação veio se somar aos argumentos dos especialistas que votam contra Atkins. Eles consideram os estudos insuficientes para legitimar uma dieta tão radical. O endocrinologista Walmir Coutinho, coordenador do Consenso Latino-Americano de Obesidade, lembra que a Organização Mundial da Saúde faz sérias restrições a ingerir gordura e proteína em excesso. A recomendação mais recente é limitá-las a entre 20 e 30% das calorias diárias. “Comer muita gordura faz mal e, quanto maior a porcentagem desse nutriente na dieta, maior o risco de obesidade”, diz a metabologista Fernanda D’Elia, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O caminho ideal para a perda e o controle de peso é um programa intensivo de reeducação alimentar que beneficie a saúde do paciente como um todo”, afirma Walmir Coutinho.

Nenhum comentário: