segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Resultados da Dieta da Carne

Que fique bem claro
Tirar todos os carboidratos, não pode, mas desprezar alguns, como doces, arroz branco e farinhas refinadas, faz bem. “Esse tipo de carboidrato cria um ciclo vicioso. Como se transformam instantaneamente em açúcar circulante, fazem subir a taxa de insulina rapidamente, acionando o gatilho da fome”, justifica Fernanda.
Decepção a longo prazo
Quem não aposta no método de Atkins argumenta que ele só dá resultados porque há uma redução de calorias — cerca de 1 200 por dia. Privado da glicose (açúcar) dos carboidratos, o organismo vai buscar em outros nutrientes a energia de que precisa e ataca músculos e gordura para sobreviver. O principal prejuízo desse mecanismo é que se perde massa muscular — isso causa flacidez e torna a manutenção do peso muito mais difícil, pois a musculatura estimula a queima de calorias.

Os opositores alegam ainda que muito do que se perde com esse cardápio hiperprotéico é água, e água a gente recupera fácil. Entenda: cortar os carboidratos ajuda a desinchar, ainda por conta de insulina (olha ela de novo!), responsável pela retenção de sódio e líquido, ou seja, pelo inchaço. Além disso, por ingerir muita proteína, junto com a água lá se vão na urina sais minerais, co- mo cálcio e potássio. Daí vem o risco de cãibras, pela carência desses minerais, e enfraquecimento dos ossos, por carência de cálcio.

O cardápio de Atkins é pobre em vitaminas, minerais e fibras porque faltam frutas e verduras. A médio e longo prazo, o organismo pode ficar desnutrido e mais vulnerável a doenças. O perigo para as artérias persiste, já que mais da metade das calorias de uma refeição típica da dieta é gordura saturada (de origem animal), que se transforma em colesterol e entope as artérias. E mais: comer proteínas demais pode sobrecarregar os rins.
O caminho seguro
“É muito mais saudável comer de tudo um pouco, controlando a dose de gordura, sem eliminar grupos inteiros de alimentos”, diz Valéria Guimarães. Por isso, montamos uma versão saudável desse método, em que privilegiamos as proteínas do bem, desprezamos medidas radicais, aproveitando o que o doutor descobriu de bom. “De fato, aumentar a quantidade de proteínas dá mais saciedade e ajuda a perder peso desde que se limite a quantidade de gordura”, diz Fernanda D’Elia.


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